terça-feira, 25 de novembro de 2014

Não sei bem porque é que as pessoas se afastam, mas é um facto que o fazem... uns dizem não querer incomodar porque agora há um bebé, outros simplesmente desaparecem... a minha mãe sempre me disse que eu não tenho verdadeiros amigos mas sim pessoas que se aproximam de mim quando necessitam... infelizmente, começo a acreditar que sim e questiono-me que fiz eu mal, porque eu acredito que sou uma boa amiga! Daquelas que já fez 60km para ir buscar uma pessoa às 4h da manhã só porque lhe ligou a dizer que estava muito bêbada para conduzir... daquelas que aparece quando lhe ligam a dizer preciso de falar contigo, deixando tudo o que tem para fazer para outra hora, nem que essa hora seja a hora que estava destinada para o meu sono! Dizem que a maternidade nos muda a paciência... eu penso que a maternidade apenas nos faz ver quem realmente merece que nos importemos! Eu, por exemplo, já decidi que há uma meia dúzia de pessoas que passará a ouvir NÃO quando precisar de mim... porque, neste momento, eu precisava de pessoas!

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Machismo?

Quando comecei na aventura da blogosfera, há muitos e muitos anos, lembro-me que tinha um layout de chocolate! Lembro-me também que havia muitas pessoas que comunicavam com desconhecidos como se de velhos amigos se tratassem, agradados com o anonimato (que, no meu caso, se acabou com algumas pessoas com o bomm do facebook). Lembro-me de ter recebido o "conselho amigo" de um homem para mudar aquilo... que o facto de eu ter ali chocolate (que adoro) sugeria uma mulher desesperada e pronta a qualquer coisa com um homem que lhe aparecesse... Ainda hoje penso nisso! Quão machistas poderemos nós ser?

terça-feira, 18 de novembro de 2014

"Amigos"

Uma das coisas giras de termos um filho é perceber quem são os amigos: aqueles que vão lá a casa sem se importar com as birras (que nem são muitas, confesso), sem se importar de ser sempre lá em casa, porque, por uma questão de logística dá muito mais jeito, sem se importar de ter de ser, de vez em quando, interrompido porque a miúda bolçou, chorou, tem fome, etc. 
Confesso que já tinha tido uma ideia mais concreta quando fui obrigada a ficar os últimos dias de gravidez em casa, eu, que nunca na vida tinha metido uma baixa médica e desde que acabei a faculdade estive apenas 2 semanas sem trabalhar... E é giro perceber que, realmente, vem mesmo de quem menos se espera! Ou melhor, não direi menos, mas direi que tinha outra ideia sobre quem eram os meus amigos... 
Lembro-me de conversar com o pai a perguntar quem seriam as melhores opções para padrinhos da miúda e de ele me dizer que teríamos de esperar e ver quem mais lhe daria importância, quem mais mostraria interesse nela e, por conseguinte, com quem ela mais gostaria de estar! 
Ainda bem que escolhi para pai da minha filha uma pessoa tão diferente de mim, mas que me completa e que me faz ver aquilo que, por vezes, tudo faço para esquecer.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Os queixinhas!

Não percebo a malta que está sempre a reclamar de tudo... como me ensinaram os meus paizinhos: não gosta, não come!!!! 

- Ah, korror, que o "Alouwin" nao é nosso e não se festeja! (Não gosta, não come!)
- Ah, korror, que o Pão por Deus é nas aldeias e não faz nenhum sentido! (Não gosta, não come!)
- Ah, korror, que já toda a gente fala no Natal, essa época consumista e desprovida de valores! (Não ofereçam prendas caras nem compitam em quem dá a prenda mais cara, criem e eduquem nas vossas crianças valores para que o Natal tenha o verdadeiro simbolismo! Ou então: Não gosta, não come!)
- Ah, korror celebrar o dia dos namorados, só faz isso quem durante o ano maltrata o seu par e blablabla! (Não gosta, não come! Também se celebra o dia da Mãe, do Pai, dos Avós e não quer dizer que sejamos órfãos durante o ano). Este tem duas versões: ah, korror, não se lembram de quem não tem namorado! (Então e quem não tem mãe, pai ou o que seja?! Ganhem juízo!!!)

E eu podia continuar por aqui fora, mas é tudo basicamente o mesmo... eu também me queixo, é um facto, penso que faz parte de nós, mas, por amor da santinha, queixemo-nos menos que, como diz o povinho, e sempre sabiamente, falamos de barriguinha cheia!

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Desabafo sobre a (minha) (não) amamentação

Este tema causa-me já um certo asco, devo admitir, mas sinto que preciso de desabafar e a escrita é uma boa aliada... cada uma faz o que quer e pronto, é a minha opinião! Sempre foi e, quase prevendo o meu futuro, sempre disse que não se deveria dar tanta importância ao facto, pois, se algum dia não tivesse leite e quisesse amamentar, me iria sentir a pior mãe do mundo... Ora, destino... esse cabrão! Eu, que tenho umas mamas que já me fizeram passar algumas vergonhas (como numa loja de lingerie me perguntarem se eu lhes deixava experimentar um determinado soutien a ver se alguma copa me servia) não tive leite! E, quando ele apareceu, bem depois do tempo que os médicos dizer ser normal, tive de o secar pois só conseguia tirar leite por uma mama, pois tenho bicos invertidos... Ora, este foi o maior filme do meu parto!
Mal saí do bloco, estive quase uma hora com uma enfermeira a espremer-me os mamilos à espera de um qualquer milagre enquanto as médicas lhe diziam "não vale a pena, ela nunca vai conseguir amamentar, isso é tortura", mas a senhora continuava... e continuou até que a pediatra se passou e disse que não iria ter leite, que a criança estava à fome há demasiado tempo e que aquilo tinha de parar. Abençoada médica! Aquilo foi uma tortura... é que a epidural é muito boa, mas não protege as mamas!
Quando cheguei ao quarto, tive a simpatia das enfermeiras de piso que, vendo o estado em que fiquei, e mesmo tendo a outra enfermeira ordenado que continuassem aquela tortura, me disseram que, por elas, não o fariam, só a meu pedido! Não pedi! Tinha os mamilos todos marcados de unhas e doía-me só ao toque.
No dia seguinte, tive a visita de uma médica que não a minha (que me tinha avisado previamente que não poderia ir, mas mandaria uma amiga)... pois que a dra., que é profissional e deveria saber um pouco mais das coisas, me voltou a apertar o peito em busca do leite inexistente e sai-se com o comentário "parece impossível, de que lhe serve uma mama destas se não dá leite"! (Não sei se sabem, mas uma pessoa fica muito hormonal, mesmo!!!! Tive vontade de a mandar a um sítio onde o sol não brilha!)
A família do pai ia-se queixando aos meus pais "já viu a desgraça? a sua filha não tem leite... já viu o dinheiro que eles vão ter de gastar? Aquilo é muito caro"... aquilo continuamente, chegando a minha mãe ao ponto de me dizer que, se ouvia outra vez a lenga-lenga lhes diria que ia comprar uma vaca para remediar o meu defeito de fabrico.
As pessoas... o olhar das pessoas quando me vêem dar biberão e me perguntam por que não amamento e lhes digo que não tive leite! O ar de pena! Irrita-me TANTO que não consigo explicar!!! Parece que lhes estou a dizer que tenho uma doença grave! Chegam mesmo ao "coitadinha" e ao "deixa lá... há coisas piores". Apetece-me sempre responder: pois há!!! O vosso comportamento, por exemplo é bem pior!

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Coisas que me fazem sorrir

  • o sorriso da minha filha!!!
  • os barulhinhos que a minha filha faz quando boceja (indescritível e liiindo!)
  • dizer a MINHA filha (ainda custa acreditar);
  • ver a minha filha dormir! (Sim, agora, ela ocupa todas as minhas preferências)
  • estar com os meus pais;
  • as memórias dos meus tempos de infância;
  • as fotografias que, a muito custo (financeiro, mesmo), os meus pais me iam tirando desde que nasci, que me recordam momentos e me fazem ver que o amor que sinto pela minha filha e a educação que lhe transmito tem bases!

E em versão menos lamechas
  • uma cama com lençóis acabadinhos de lavar;
  • o mar;
  • dias gelados de sol;
  • músicas do Quim Barreiros (sou uma moça do povo!);
  • comédias românticas (daquelas mesmo parvas que toda a gente sabe desde o início como vão terminar);
  •  carteiras, botas, brincos e quaisquer acessórios;
  • um bom banho
  • sonhar que, um dia, tudo há-de correr bem! :)

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Sim, sou do Norte, carago!

Parece que a legionella chegou ao Norte!!!! Oh que carago!!!! Aqueles 15 minutos em que o gajo chega a casa e eu o deixo com a catraia e me meto no duche eram o MEU momento!!!!! E eu tenho problemas respiratórios!!! Cum caneco, pah!!!!